Vacinação em 2018: o desafio do retorno de doenças erradicadas

Olá famílias,

Me assusta ver a quantidade de pais que não tem levado seus filhos para se vacinarem e por isso, convidei a Dra Nathalia Marinho Ferreira, Pediatra e GastroPediatra, para escrever um post para o blog trazendo informações e esclarecimentos importantes sobre o assunto. 



Para nós, em pleno século XXI, é realmente difícil entender a gravidade de doenças como sarampo e poliomielite, pois nossa geração não vivenciou casos como nossos avós e como nossos pais. A importância da vacina tende a passar despercebida para toda a geração que já está coberta por ela, gerando, infelizmente, movimentos antivacina. 

Não tínhamos determinadas doenças, como sarampo, exatamente porque nossa cobertura vacinal era de excelência e não por serem desnecessárias. É importante entender que a vacina não protege apenas o indivíduo imunizado, mas também o meio onde vive, criando-se uma rede de proteção.

O sarampo, que estava erradicado do Brasil desde 2015, é uma das doenças infecciosas mais contagiosas em pediatria. É transmitida facilmente, de uma pessoa para outra, através de tosse, espirros, fala ou respiração. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, dor de cabeça, coriza, irritação ocular (vermelhidão), tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, se espalhando pelo corpo. A melhor e mais segura forma de prevenção é a vacinação!

O Ministério da Saúde atualizou as informações sobre o sarampo no país. No total, já foram confirmados 1.206 casos até o dia 15 de agosto deste ano nos dois principais locais de surto: 910 no Amazonas e 296 em Roraima. Nos dois Estados há também vários casos em investigação: 5.630 e 101, respectivamente. Sete pessoas já morreram em decorrência da doença, sendo 5 em Roraima (três estrangeiros e dois brasileiros) e 2 óbitos no Amazonas (ambos brasileiros). Há 4 casos confirmados no Rio de Janeiro.

A poliomielite é uma doença infecciosa também bastante contagiosa. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de 2 a 30 dias, sendo difícil o diagnóstico por se apresentar geralmente com poucos sintomas. Os sintomas são parecidos com os de outras doenças virais: febre, dor de garganta, náusea, vômito, constipação, dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, com sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nas pernas de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido. Não há tratamento e a vacina é a melhor forma de prevenção!


As vacinas são dadas rotineiramente nos postos de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação: 


  • A vacina contra a poliomielite deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. Também é necessário vacinar em todas as campanhas. 
  • A vacina contra sarampo pode ser aplicada em pessoas de 6 meses até 49 anos, sendo a rotina aplicar a primeira dose aos 12 meses de vida (1 ano) e o reforço aos 15 meses. Devido ao risco eminente, o Ministério da Saúde está com campanha em aberto até o dia 31 de agosto e todas as crianças de 1 até 5 anos devem ser vacinadas, mesmo as crianças que já tenham sido vacinadas (lembrando que a vacina imuniza não apenas o vacinado, mas também o seu meio).
Um verdadeiro orgulho brasileiro, nosso quadro vacinal é um dos mais completos do mundo. Apesar de tantas dificuldades, ainda somos referência em vacinação para diversos países desenvolvidos. As vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde, gratuitamente através de nosso SUS, são seguras, confiáveis e cientificamente funcionais. Precisamos incentivar e garantir que nossas crianças e adolescentes tenham suas carteiras vacinais completas. O direito à vacinação é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e o atraso das vacinas pode gerar desde multas até ações pelo Conselho Tutelar. Vacina é proteção, cuidado e saúde!





Atendimento em Volta Redonda RJ: 
Centro de Saúde Renascer
Rua 40 nº57 Vila Santa Cecília
Contatos: (24) 33432150 / 33481098

Atendimento em São Gonçalo RJ: 
Clínica Popular do Barreto 
Rua José Leonardo nº 75 Neves
Contatos: (21) 27200892 / 996692721

Conheça um pouco mais do trabalho da Dra Nathalia Marinho através do instagram: @gastropedvr.


Genislene Borges

Descobri na maternidade o que defini como sendo minha verdadeira vocação: ser mãe e apaixonada pelo Meu Mundo Materno, criei este blog para representar meus sentimentos e compartilhar minhas experiências com a maternidade.

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